Pensamento Sensível: um pensamento que torna inteligíveis as sensações do mundo*
por Joana Mealha dos Santos
Tomando como base o desenvolvimento humano Augusto Boal mostra-nos o ataque que está a ser desenhado, uma verdadeira Invasão dos Cérebros, para atingir as populações através do primeiro tipo de pensamento existente, e que ele denomina de Pensamento Sensível. Este tipo de pensamento é a base de onde brota o Pensamento Simbólico, sendo a Palavra a interface entre os dois. Esta denominação deve a Alexander Baumgarten que ao dissertar sobre Estética chega ao conceito de Conhecimento Sensível intermediário entre a sensação pura e o intelecto: resultado de uma síntese particular entre a Coisa e o Pensamento Humano (cf. p. 25).
Nas palavras de Boal: “existe uma forma de pensar não-verbal (...) articulada e resolutiva, que orienta o contínuo acto de conhecer e comanda a estruturação dinâmica do Conhecimento Sensível. (...) Para serem compreendidos, mesmo quando são expressos em palavras, os pensamentos dependem da forma como essas palavras são pronunciadas ou da sintaxe em que as frases são escritas – isto é, dependem do Pensamento Sensível” (p. 27).
Mais à frente no seu discurso Boal esclarece-nos um pouco mais integrando esta noção com conceitos mais psicológicos: “O fluxo contínuo de nossas acções, que levam em conta e a cabo as informações do Conhecimento, são obra de um verdadeiro Pensamento Sensível, que orienta a dinâmica do Sujeito, traduzida em palavras ou não. A parte não consciente desse pensamento cumpre a mesma função e tem semelhantes virtudes. É o que Freud chamava, em seus primeiros escritos, de pré-consciente e Stanislawski, em seu método de interpretação do actor, de subtexto. Existem muitos níveis de pré-conscientes e subtextos simultâneos, entrelaçados; alguns, um dia, chegam à nossa consciência... outros jamais. Alguns traduzem-[se] em fala; outros, em silêncios” (p. 29).
A percepção da pura sensação só se realiza como tal no início da vida humana, pois a
partir daí, para que o ser sobreviva, este começa a reagir e a organizar os estímulos, principalmente, como prazerosos e dolorosos, úteis e não úteis. Não é feito um mero registo das novas informações com as já recebidas e hierarquizadas, com as carências e desejos do sujeito; progressivamente, as sensações, emoções e memórias a elas referentes organizam-se em sua interacção e conversão em actos, são pensamentos sem palavras (cf. pp. 26 e 60). Sendo que a intervenção coerciva ao pensamento humano está a ser feita a partir das nossas bases, tal resulta numa infantilização das pessoas.
Boal recorda-nos: “os sentidos têm sentido! Não são meras sensações que se apagam
com o tempo: têm sentido e direcções” (p. 27). O caos experimentado não se deve à realidade rica e complexa mas sim à manipulação da mesma tendo como objectivo a incapacitação da calma e ponderada tradução em palavras dessa mesma realidade; o que na espécie humana pede interlocutores adequados já que nos desenvolvemos socialmente. Sem tempo e espaço criado para a reflexão, a tentativa de dar nomes e criar raciocínios sobre a realidade no meio da poluição dos sentidos causa confusão. A realidade sendo múltipla traz a possibilidade de palavras e significados diferentes que necessitam de trabalho para serem elaborados e integrados sob pena de gerarem mais caos do que ordem.
No entanto, “o objecto do fenómeno estético pode, ou não, necessitar ser explicado para melhor ser fruído” (p. 26). Um exemplo claro da necessidade de explicação é o que diz respeito à violência, pois todo o estímulo sensorial violento obscurece qualquer forma de pensamento. Assim, sabemos que a violência na Grécia antiga não era gratuita apesar de se viver então num sistema coercivo que tinha por meta política acomodar as suas plateias ao conformismo social. A tragédia estimulava o pensamento e podia, como em Eurípedes, questionar a sociedade e seus valores: “Os protagonistas explicavam as razões de seus actos e admitiam seus erros – emoção
vinculada à razão. Nenhum sacrifício em vão. Na tragédia grega, a violência física realizava-[se] fora da cena (...) suas razões, essas sim, bailavam em cena diante das plateias, respeitadas como pessoas inteligentes, não como fanáticos espectadores de uma sangrenta luta de boxe tailandês” (pp. 149-150).
Já em Shakespeare é notória a violência que “chega a braços cortados e olhos furados,
mas nunca [é] desacompanhada de razões e pensamentos que permitam o contraditório. Não é a violência em si que causa irreparáveis danos neurológicos à hipnotizada plateia: é a carência de pensamentos e motivações para essas actividades físicas. A violência, em si mesma, não é boa nem má. Será má quando reduzida a socos e pontapés sem subjectividades; didáctica,quando reveladas suas causas e sua ética” (p. 150).
Actualmente, os media usam da estratégia do sensacionalismo que é precisamente não revelar a subjectividade dos actos individuais que descrevem. Normalmente, a notícia é exactamente o despir das motivações e pensamentos que estariam na origem de determinadas acções que sem essa compreensão se tornam surpreendentes, cruas ou mesmo gratuitas. Habituamo-nos, assim, a viver num mundo que nos parece não ter lógica em acontecimentos demasiado importantes para serem ignorados, mas que acabam por ser relatados só pela sua realidade objectiva e factual, quase que observados com uma lupa míope que aumenta a nossa sensação de insegurança em vez de nos permitir conhecer verdadeiramente a existência.
É por isso natural que encontremos mais facilmente essa sensação de unidade interna ao ler um romance onde as motivações e pensamentos dos personagens foram construídas com cuidado, tempo, dedicação. Cabe à arte voltar a mostrar o caminho à política, à justiça até ao jornalismo. Cabe à arte voltar a mostrar o que é verdadeira comunicação. Pelas transgressões que faz aos sistemas implementados cabe a ela permitir abrir caminhos esquecidos, propositadamente, e que nos devolverão a liberdade de pensar, que se baseia na fluidez e dinâmica do Pensamento Sensível muito antes da delimitação ou expansão dada pelas palavras do Pensamento Simbólico.
Não se defende aqui que o pensar é sobretudo sentir e que a sensibilidade é mais importante, mas algo mais fundamental: que o acto de pensar com palavras tem início nas sensações e que, sem elas, não existiria, embora delas se desprenda e se autonomiza até à sua mais total abstracção (cf. p. 27).
Um pensamento só pode ser livre se maduro para tal não deve ser amputado pela poluição sensorial. Pensar é organizar o conhecimento e transformá-lo em acção, que pode ser fala ou acto, sendo que a fala é um acto. Pensamento é acção que transforma o pensador, o interlocutor e a relação entre os dois; dois que podem ser a mesma pessoa (cf. p. 29).
Assim, um pensamento livre só pode ser produzido por um ser humano que não só se molda ao exterior e à comunidade onde se insere mas molda e constrói os relacionamentos e a cultura porque é inconformista e actua a partir do desejo de transformar o mundo. Só o pensamento livre pode evoluir de um Pensamento Sensível ágil para um Pensamento Simbólico bem formado onde os afectos, bem reconhecidos mesmo que poderosos e profundos, não perturbam o raciocínio, mas alimentam-no permitindo a boa e verdadeira comunicação com os outros que se dá numa totalidade verbal e não-verbal. Quando tomamos contacto com a vida, se o nosso Pensamento Sensível for tido em conta, sensações de alienação deixarão de ter lugar e sentidos comuns terão cada vez mais espaço para vingar, porque “somos capazes de falar um único pensamento contínuo enquanto outros, simultâneos, não chegam à nossa consciência verbal – escondidos, fluem no nosso monólogo interior. Se tenho diante de mim sete pessoas e falo com as sete, digo palavras escolhidas: este pensamento verbal flui consciente – com lapsos, é verdade, e falhas de memória! – enquanto outros seis, submersos e sem censura, dirigem-se a cada um dos (...) interlocutores, que a eles são sensíveis, quase sempre, de forma inconsciente – deixam, porém, suas marcas” (p. 29).
Temos a capacidade de ser livres, emancipados, auto-conscientes de forma solitária. “O cérebro físico está dividido em partes, mas é um só, só um, orgânico e organizado: Casa Sem Portas por onde se pode transitar, nada murado. Mesmo quando se cala o Pensamento Simbólico, o Pensamento Sensível está sempre activo, pensando até o impensável, como o infinito e a morte” (p. 28). Os sistemas com suas regras rígidas, como o neo-liberalismo, esses sim não podem viver sem a energia gerada pelo nosso caos geral em grande medida emocional, que nos deixa somente com nosso instinto predatório animal. “Nos animais, o conhecimento também leva à acção, mas de forma conclusiva, não mediada pela consciência. Nos humanos o pensamento pondera e dá aos seus possíveis actos valores morais ou éticos. Os actos humanos são éticos, segundo a moral vigente a cada momento, em cada lugar e circunstâncias” (p. 30). A criança apenas sente e deseja e com o tempo, aprende tudo aquilo que a sua cultura lhe ensina, permite ou obriga – ou torna-se marginal. Depois disso pode tomar partido, eleger, decidir a partir de uma base de risco e não apenas escolher entre uma disponibilidade de opções que pode estar manipulada à partida. O processo já foi descrito atrás. Existe outra forma de lidar, de reagir e recriar o mundo. A chave: a preservação do contacto com o omnipresente Pensamento Sensível.
Referência Bibliográfica
Boal, Augusto (2008). A Estética do Oprimido (pp. 23-158). Rio de Janeiro: Funarte.Clique aqui para editar .
* Texto redigido no âmbito do Mestrado em Teatro e Comunidade, da Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa, ESTC, IPL, Ano Lectivo 11/12| Joana Mealha dos Santos| Nº 1101043 | Teatro e Comunidade II | 01/11/11
por Joana Mealha dos Santos
Tomando como base o desenvolvimento humano Augusto Boal mostra-nos o ataque que está a ser desenhado, uma verdadeira Invasão dos Cérebros, para atingir as populações através do primeiro tipo de pensamento existente, e que ele denomina de Pensamento Sensível. Este tipo de pensamento é a base de onde brota o Pensamento Simbólico, sendo a Palavra a interface entre os dois. Esta denominação deve a Alexander Baumgarten que ao dissertar sobre Estética chega ao conceito de Conhecimento Sensível intermediário entre a sensação pura e o intelecto: resultado de uma síntese particular entre a Coisa e o Pensamento Humano (cf. p. 25).
Nas palavras de Boal: “existe uma forma de pensar não-verbal (...) articulada e resolutiva, que orienta o contínuo acto de conhecer e comanda a estruturação dinâmica do Conhecimento Sensível. (...) Para serem compreendidos, mesmo quando são expressos em palavras, os pensamentos dependem da forma como essas palavras são pronunciadas ou da sintaxe em que as frases são escritas – isto é, dependem do Pensamento Sensível” (p. 27).
Mais à frente no seu discurso Boal esclarece-nos um pouco mais integrando esta noção com conceitos mais psicológicos: “O fluxo contínuo de nossas acções, que levam em conta e a cabo as informações do Conhecimento, são obra de um verdadeiro Pensamento Sensível, que orienta a dinâmica do Sujeito, traduzida em palavras ou não. A parte não consciente desse pensamento cumpre a mesma função e tem semelhantes virtudes. É o que Freud chamava, em seus primeiros escritos, de pré-consciente e Stanislawski, em seu método de interpretação do actor, de subtexto. Existem muitos níveis de pré-conscientes e subtextos simultâneos, entrelaçados; alguns, um dia, chegam à nossa consciência... outros jamais. Alguns traduzem-[se] em fala; outros, em silêncios” (p. 29).
A percepção da pura sensação só se realiza como tal no início da vida humana, pois a
partir daí, para que o ser sobreviva, este começa a reagir e a organizar os estímulos, principalmente, como prazerosos e dolorosos, úteis e não úteis. Não é feito um mero registo das novas informações com as já recebidas e hierarquizadas, com as carências e desejos do sujeito; progressivamente, as sensações, emoções e memórias a elas referentes organizam-se em sua interacção e conversão em actos, são pensamentos sem palavras (cf. pp. 26 e 60). Sendo que a intervenção coerciva ao pensamento humano está a ser feita a partir das nossas bases, tal resulta numa infantilização das pessoas.
Boal recorda-nos: “os sentidos têm sentido! Não são meras sensações que se apagam
com o tempo: têm sentido e direcções” (p. 27). O caos experimentado não se deve à realidade rica e complexa mas sim à manipulação da mesma tendo como objectivo a incapacitação da calma e ponderada tradução em palavras dessa mesma realidade; o que na espécie humana pede interlocutores adequados já que nos desenvolvemos socialmente. Sem tempo e espaço criado para a reflexão, a tentativa de dar nomes e criar raciocínios sobre a realidade no meio da poluição dos sentidos causa confusão. A realidade sendo múltipla traz a possibilidade de palavras e significados diferentes que necessitam de trabalho para serem elaborados e integrados sob pena de gerarem mais caos do que ordem.
No entanto, “o objecto do fenómeno estético pode, ou não, necessitar ser explicado para melhor ser fruído” (p. 26). Um exemplo claro da necessidade de explicação é o que diz respeito à violência, pois todo o estímulo sensorial violento obscurece qualquer forma de pensamento. Assim, sabemos que a violência na Grécia antiga não era gratuita apesar de se viver então num sistema coercivo que tinha por meta política acomodar as suas plateias ao conformismo social. A tragédia estimulava o pensamento e podia, como em Eurípedes, questionar a sociedade e seus valores: “Os protagonistas explicavam as razões de seus actos e admitiam seus erros – emoção
vinculada à razão. Nenhum sacrifício em vão. Na tragédia grega, a violência física realizava-[se] fora da cena (...) suas razões, essas sim, bailavam em cena diante das plateias, respeitadas como pessoas inteligentes, não como fanáticos espectadores de uma sangrenta luta de boxe tailandês” (pp. 149-150).
Já em Shakespeare é notória a violência que “chega a braços cortados e olhos furados,
mas nunca [é] desacompanhada de razões e pensamentos que permitam o contraditório. Não é a violência em si que causa irreparáveis danos neurológicos à hipnotizada plateia: é a carência de pensamentos e motivações para essas actividades físicas. A violência, em si mesma, não é boa nem má. Será má quando reduzida a socos e pontapés sem subjectividades; didáctica,quando reveladas suas causas e sua ética” (p. 150).
Actualmente, os media usam da estratégia do sensacionalismo que é precisamente não revelar a subjectividade dos actos individuais que descrevem. Normalmente, a notícia é exactamente o despir das motivações e pensamentos que estariam na origem de determinadas acções que sem essa compreensão se tornam surpreendentes, cruas ou mesmo gratuitas. Habituamo-nos, assim, a viver num mundo que nos parece não ter lógica em acontecimentos demasiado importantes para serem ignorados, mas que acabam por ser relatados só pela sua realidade objectiva e factual, quase que observados com uma lupa míope que aumenta a nossa sensação de insegurança em vez de nos permitir conhecer verdadeiramente a existência.
É por isso natural que encontremos mais facilmente essa sensação de unidade interna ao ler um romance onde as motivações e pensamentos dos personagens foram construídas com cuidado, tempo, dedicação. Cabe à arte voltar a mostrar o caminho à política, à justiça até ao jornalismo. Cabe à arte voltar a mostrar o que é verdadeira comunicação. Pelas transgressões que faz aos sistemas implementados cabe a ela permitir abrir caminhos esquecidos, propositadamente, e que nos devolverão a liberdade de pensar, que se baseia na fluidez e dinâmica do Pensamento Sensível muito antes da delimitação ou expansão dada pelas palavras do Pensamento Simbólico.
Não se defende aqui que o pensar é sobretudo sentir e que a sensibilidade é mais importante, mas algo mais fundamental: que o acto de pensar com palavras tem início nas sensações e que, sem elas, não existiria, embora delas se desprenda e se autonomiza até à sua mais total abstracção (cf. p. 27).
Um pensamento só pode ser livre se maduro para tal não deve ser amputado pela poluição sensorial. Pensar é organizar o conhecimento e transformá-lo em acção, que pode ser fala ou acto, sendo que a fala é um acto. Pensamento é acção que transforma o pensador, o interlocutor e a relação entre os dois; dois que podem ser a mesma pessoa (cf. p. 29).
Assim, um pensamento livre só pode ser produzido por um ser humano que não só se molda ao exterior e à comunidade onde se insere mas molda e constrói os relacionamentos e a cultura porque é inconformista e actua a partir do desejo de transformar o mundo. Só o pensamento livre pode evoluir de um Pensamento Sensível ágil para um Pensamento Simbólico bem formado onde os afectos, bem reconhecidos mesmo que poderosos e profundos, não perturbam o raciocínio, mas alimentam-no permitindo a boa e verdadeira comunicação com os outros que se dá numa totalidade verbal e não-verbal. Quando tomamos contacto com a vida, se o nosso Pensamento Sensível for tido em conta, sensações de alienação deixarão de ter lugar e sentidos comuns terão cada vez mais espaço para vingar, porque “somos capazes de falar um único pensamento contínuo enquanto outros, simultâneos, não chegam à nossa consciência verbal – escondidos, fluem no nosso monólogo interior. Se tenho diante de mim sete pessoas e falo com as sete, digo palavras escolhidas: este pensamento verbal flui consciente – com lapsos, é verdade, e falhas de memória! – enquanto outros seis, submersos e sem censura, dirigem-se a cada um dos (...) interlocutores, que a eles são sensíveis, quase sempre, de forma inconsciente – deixam, porém, suas marcas” (p. 29).
Temos a capacidade de ser livres, emancipados, auto-conscientes de forma solitária. “O cérebro físico está dividido em partes, mas é um só, só um, orgânico e organizado: Casa Sem Portas por onde se pode transitar, nada murado. Mesmo quando se cala o Pensamento Simbólico, o Pensamento Sensível está sempre activo, pensando até o impensável, como o infinito e a morte” (p. 28). Os sistemas com suas regras rígidas, como o neo-liberalismo, esses sim não podem viver sem a energia gerada pelo nosso caos geral em grande medida emocional, que nos deixa somente com nosso instinto predatório animal. “Nos animais, o conhecimento também leva à acção, mas de forma conclusiva, não mediada pela consciência. Nos humanos o pensamento pondera e dá aos seus possíveis actos valores morais ou éticos. Os actos humanos são éticos, segundo a moral vigente a cada momento, em cada lugar e circunstâncias” (p. 30). A criança apenas sente e deseja e com o tempo, aprende tudo aquilo que a sua cultura lhe ensina, permite ou obriga – ou torna-se marginal. Depois disso pode tomar partido, eleger, decidir a partir de uma base de risco e não apenas escolher entre uma disponibilidade de opções que pode estar manipulada à partida. O processo já foi descrito atrás. Existe outra forma de lidar, de reagir e recriar o mundo. A chave: a preservação do contacto com o omnipresente Pensamento Sensível.
Referência Bibliográfica
Boal, Augusto (2008). A Estética do Oprimido (pp. 23-158). Rio de Janeiro: Funarte.Clique aqui para editar .
* Texto redigido no âmbito do Mestrado em Teatro e Comunidade, da Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa, ESTC, IPL, Ano Lectivo 11/12| Joana Mealha dos Santos| Nº 1101043 | Teatro e Comunidade II | 01/11/11